Lucas C. Lisboa
Alice, do corte o sangue pulsa e goteja
formando tantas manchas negras ao carpete
Sabe que sangra apenas porque o deseja
do mesmo modo são as lágrimas que verte
Olhar não desvie, ao menos hoje, me veja!
Sua boca, por obsérquio, não a deixe inerte.
Quando claramente meu semblante esbraveja
algumas mágoas que meus demônios diverte.
Neste momento do mais puro nervosismo
A caneta à mão, por pressionar, estoura
sujando meus dedos, escorrendo ao pulso
Por um sórdido gargalhar vindo do abismo
de sua palma o fino corte d'uma tesoura
que transgrediu à carne num pequeno impulso
2 comentários:
Um dia tedioso, porém, pelo visto, criativo.
Brilhante, como sempre.
Brilhante não, eu diria...
simplesmente rotineiro. Palavras novas para sonetos antigos...
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