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Poeta e apenas poeta

Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Um jantar à luz de velas

Lucas C. Lisboa

Escarro, escarro viscoso
escorrendo pela taça
cheia de vinho saboroso...
Ela, amarrada, acha graça

Mas dos lábios dele o riso...
e ela sente sua desgraça
é um espécime impetuso,
escrava da melhor raça...

Ele, seguidor de Sade,
a marca com brasa rosa
por sua pele de brancura.

Ela o incitou à crueldade;
Pois serve a quem lhe usa e goza...
e em cada gesto o procura.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

No campo minado

Lucas C. Lisboa

Eu sou cavalheiro,
então, crianças e mulheres
devem ir primeiro

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Amor de Narciso

Lucas C. Lisboa

Quando você vir
será de joelho;
para me servir
e ser meu espelho.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Teogonia

Lucas C. Lisboa

Gente que de nada sabe
aos seus oráculos sobe
com o desejo perverso
das verdades do universo

segunda-feira, 21 de maio de 2007

ART

Lucas C. Lisboa

Certa vez conheci uma poetisa,
fascinou com encanto de Florbela:
Sensivel em flor, técnica imprecisa
e, por fim, também, muitissimo bela

Apaixonei-me pela poetisa
e comecei meu versejar por ela:
Musa, que todo poeta precisa,
concebi, a primeira pensando nela.

Por razões menos nobres não lhe tive...
Amargo, fiz dos versos ferramentas:
Eram tão precisas quanto insensíveis.

De posse delas fui então ourives;
A procurar por matérias quinhentas
para esculpir amores intangíveis!

domingo, 20 de maio de 2007

Bem amarrada

Lucas C. Lisboa

Minha linda bonequinha...
tão deliciosa putinha!
Q'eu uso, abuso e maltrato;
com todo prazer e trato.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Um brinde a nós, porque sem nós, nós não estariamos aqui!

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Cartesiano

Lucas C. Lisboa

um átomo insólito
retro-vírus, radiação
um átimo sólido

dos sentidos baixos

Ditadura da visão:
desmerecendo até o tato
Desmandos d'audição:
matam paladar e olfato

Poética e Flagelo

Lucas C. Lisboa

D'uma pura displicência
falhas crassas n'estrutura
mal-acabada indolência
n'uma débil estrutrura

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Literatura Crítica

Lucas C. Lisboa

Então Bilac é poeta
mas o Quintana também
Digo, pois nada contesta,
um sinceríssimo amem