Apesar de tão nova a Felicidade foi a primeira a morrer, dormiu durante uma noite festiva e nunca mais despertou...
O Amor tornou-se taciturno, e obsessivo acabou por ir embora para viver como eremita. Algum tempo depois adoeceu pelo frio da montanha, mas, por seu orgulho lá ficou e se foi sem chamar quem pudesse dele cuidar.
A Sobriedade, que tanto brigava com o Amor, sentindo a saudade mais forte a cada dia que passava após seu exílio. Quando, depois de muito, soube de sua partida, a carência, que abateu sobre si, foi tão grande que cedeu, finalmente, aos constantes galanteios do Desejo e a ele se entregou totalmente, esquecendo-se de quem era... Não demorou e ambos desmedidos se foram após se deixarem cair em sucessivos excessos.
Mas, como nem tudo são males, logo após os primeiros enlaces, foi concebida a Esperança, que logo começou a ser mimada e conforme o enlace dos dois se tornava mais intenso os mimos aumentavam mais e mais. E quando eles se foram, sentiu-se desamparada e sozinha pondo-se, por ser tão nova, a chorar copiosamente.
Quem lhe escutou o choro, foi o malfadado Desespero que encantado se sentiu compadecido e chamando sua esposa, a Morte acolheram-na ao seio do lar.
Não eram, nenhum dos dois, muito afetuosos, o Desespero perdia o controle facilmente e acabava maltratando-a e a Morte já não tinha seu abraço de seda, desde que fora buscar o Amor. Mas a Esperança era uma criança que de muito pouco precisava e conseguiu sobreviver com as migalhas que recebia.
5 comentários:
Belo trabalhado, amei todas as produções da semana!
Trabalhastes bem.
Parabéns!
Beijos
Te amo
Pena não ter palavras ...
Cada vez que leio, fico emocionada, será isso mesmo?
Sei lá...
Então só me resta dizer ...
Te amo
Lindo o texto.. lindo mesmo.
Não esperava ler algo assim por aqui.
Me surpreendeste.
Beijo meu.
Todos sempre sobrevivem, mesmo depois de perderem tudo...
Sobrevivem remendando a alma e escondendo as cicatrizes.
Amei o texto.
Beijos!
Todos sempre sobrevivem, mesmo depois de perderem tudo...
Sobrevivem remendando a alma e escondendo as cicatrizes.
Amei o texto.
Beijos!
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