Lucas C. Lisboa
remam remoendo seus erros e dores
desmortos remorrendo seus terrores
rutilam roucos restos desprezados
amargando prantos encarcerados
remam em seu rancor plo rio d'orrores
aprisionados pelas mortas flores
rosas, cravos, outrora derramados
sobr'eterno repouso dos finados
remam mortos, agora penitentes
sofrem por seus viveres indecentes
pois remam por seus crimes cometidos
mesmo quando plos vivos esquecidos
remam sofridos na barca da morte
praguejam por tamanha sua má sorte
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