Lucas C. Lisboa
Olhos violaceamente tão injetados
incréu à tal fada que lhe sorri...
Sátiro co'a flauta de mil bordados,
em cada nota um naco da de si!
Vai pelo ar na presteza dos alados:
convida sáfico igual colibri!
Na sedução de ardores, mil cuidados...
pelo rubor da Fada, Ele se ri!
Quando co'a flauta vem seu belo canto,
dando-lhe beijos sem qualquer aviso...
roubados, mui bem dados por vaidade!
Chegando a noite a lhe servir de manto,
pois nela o seu maior pranto é de riso
por actos em ausente sobriedade...
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