Em um dia tão terrível, fortemente lamentável, me levantei da cama porque não poderia mais ficar a sós com meus pensamentos. Pensá-los era como me sufocar e deprimir-me sem tamanho. Como que uma paixão inacabada, um assunto que já está morto e enterrado pode ainda me incomodar tanto assim? Tenho saudades dela que vivi esses meses tão fenomenais em minha vida. Ela que foi assim perfeitamente tudo que eu poderia esperar de alguém. Cada toque em uma sinergia que eu jamais imaginei possível. Cada gesto, cada suspiro, olhar e convívio era intenso e nada menos do que isso. Brigávamos pois sim, por nossa intensidade, por nossa absurda e total paixão. Nossos conflitos acendiam nossa paixão, instigavam nossos instintos, dançávamos loucamente sem nem pensar nas consequências lógicas, básicas e morais. Se ela era difícil eu não era nada fácil, nenhum dos dois sabia bem ceder, sabia como proceder senão num misto de dor e prazer que se alternava num sabor maravilhoso e louco. Eu sei que o que houve não é findo, ainda lacera o peito, ainda causa insônia, a distância não consegue romper esse vício, essa loucura que vivemos à dois. Resta-nos apenas esquecer? Resta-me apenas lembrar e sorrir? Eu espero mais do que sempre foi demais. Desregrado, sem normas, sem pudor e desenfreadamente delicioso.
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Poeta e apenas poeta
Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...
terça-feira, 22 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Romântico
Lucas C. Lisboa
-Vai diz que me ama
e depois me beija?
-Não, mas se levante
e pegue a cerveja.
-Vai diz que me ama
e depois me beija?
-Não, mas se levante
e pegue a cerveja.
domingo, 6 de setembro de 2009
Sonetilho engavetado
Lucas C. Lisboa
Não menos malditos sejam
os meus pérfidos poemas
meus versos que não almejam
tédio e rimas amenas
Na terra seca vicejam
rascunhados sem pudor
que se fazem e rastejam
sem um único leitor
Guardo tudo sem encanto
nem sobrado ou palacete
é onde meu lirismo vive
Escrevo pois eu não canto
nem engano com falsete
uma voz que nunca tive
Não menos malditos sejam
os meus pérfidos poemas
meus versos que não almejam
tédio e rimas amenas
Na terra seca vicejam
rascunhados sem pudor
que se fazem e rastejam
sem um único leitor
Guardo tudo sem encanto
nem sobrado ou palacete
é onde meu lirismo vive
Escrevo pois eu não canto
nem engano com falsete
uma voz que nunca tive
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
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