O sabor adocicado,
eu tenho e jamais o nego!
Mas ele está bem guardado:
oculto pelo meu ego...
Sei até o que faço errado:
ao mau hábito me apego.
Tendo o corpo maltratado
se de raiva fica cego...
Eu até gosto de espinhos,
pois realçam o perfume
da flor que traz para mim.
Eu me dou bem com carinhos:
do punhal de fino gume
vindo a me cortar enfim!
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