Lucas C. Lisboa
Cigarros sem filtro em dias tão cinzentos
tosse, choro e pesadelos quinhentos
fazem sorrir sem culpa ou pudor
eu, que velho por dentro, sou senhor
Mais um trago em copos lamacentos
na praça da estação de movimentos
estranhos que lhes causariam horror
se tão bêbado não estivesse seu suor
É belo um rato a correr pro esgoto
entre carros e crianças frenéticas
que vagueiam sem rumo pelas ruas
É belo um homem sujo e mais que roto
c'olhos desejando as pernas atléticas
das jovens que bem imagina nuas
1 comentário:
porra, esses seus poemas sao mto bons, lucas.
Enviar um comentário