Lucas C. Lisboa
Vermelhos, vis, violentos
versos vicejam veementes
violam vossas virtudes
versejando verdades
Publicação em destaque
Poeta e apenas poeta
Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Proposta
Lucas C. Lisboa
Você gosta de cultura,
e também duma aventura
pensa que bela cena
seu boquete no cinema
Você gosta de cultura,
e também duma aventura
pensa que bela cena
seu boquete no cinema
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
A cicatriz do Palhaço
Lucas / Ataualpa
A Dor é um aviso que nos diz
ao sofrer pele adentro forte talho
enrijecerá ali uma Cicatriz
deixando espaço para sempre falho
Porém, depois de tudo que ja fiz
não posso dar às dores qualquer ralho
sem posar de mal paga meretriz
que fora descartada do baralho
Minhas malgradas dores são terrenas
as marcas ferem muito mais meu ego
sou puro santo tal arqueiro cego
Nesse reino de mentiras pequenas
vero é que meu riso esconde o medo
que tenho de ser velho ainda cedo
A Dor é um aviso que nos diz
ao sofrer pele adentro forte talho
enrijecerá ali uma Cicatriz
deixando espaço para sempre falho
Porém, depois de tudo que ja fiz
não posso dar às dores qualquer ralho
sem posar de mal paga meretriz
que fora descartada do baralho
Minhas malgradas dores são terrenas
as marcas ferem muito mais meu ego
sou puro santo tal arqueiro cego
Nesse reino de mentiras pequenas
vero é que meu riso esconde o medo
que tenho de ser velho ainda cedo
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Do Desvario Delirante
Lucas C. Lisboa
de desgoto em desgosto
degusto dulce dolor
dulcíssimas delícias
deliciosíssimas dores
de desgoto em desgosto
degusto dulce dolor
dulcíssimas delícias
deliciosíssimas dores
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Vaso de flor
Lucas C. Lisboa
Provocar os sentidos evocando
sonhos, ódios, paixões ou muita dor?
Desafio co'a palavra anil pintando
um vaso singelíssimo e sua flor
Enquanto passam pelas ruas cantando
a perda d'algum veraneio amor...
Eu Revelo mil gozos delineando
quadros com perfeição luz de pintor!
São detalhes que não deixam ao acaso
ou fortuito d'espelhos quebrados
para criar mosaicos dessas vidas
É nos jardins e bosques do Parnaso
nos montes de arvoredos bem cuidados
que pendem frutas pelas mãos cerzidas
Provocar os sentidos evocando
sonhos, ódios, paixões ou muita dor?
Desafio co'a palavra anil pintando
um vaso singelíssimo e sua flor
Enquanto passam pelas ruas cantando
a perda d'algum veraneio amor...
Eu Revelo mil gozos delineando
quadros com perfeição luz de pintor!
São detalhes que não deixam ao acaso
ou fortuito d'espelhos quebrados
para criar mosaicos dessas vidas
É nos jardins e bosques do Parnaso
nos montes de arvoredos bem cuidados
que pendem frutas pelas mãos cerzidas
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Sonetilho sem tema
Lucas C. Lisboa
Tira teu cabelo
da cara, moleque
não pode esconê-lo
do erro que comete
Tira gata o novelo
desfia e te tece
fitas pra prendê-lo
n'algo que não preste
Termina com zelo
a mesura preste
que se faz sem sê-lo
Tira deste leque
teu bom pesadelo
e medos que mete
Tira teu cabelo
da cara, moleque
não pode esconê-lo
do erro que comete
Tira gata o novelo
desfia e te tece
fitas pra prendê-lo
n'algo que não preste
Termina com zelo
a mesura preste
que se faz sem sê-lo
Tira deste leque
teu bom pesadelo
e medos que mete
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Pois eram um belo par
Lucas C. Lisboa
Elas por zelo eram aças
e a maciez vicejava
de tão castas e intocadas
nas peças que trajava
Luvas Ele sempre usava
e ela sua maior das graças
quando que ele lhe sovava
às nádegas co'as mãos nuas
Seu deleite era segui-las
com longo e languido olhar
por seu espelho de canto
Albas, puras e enfim belas
quando vinham a ressoar
nas carnes de serva ao santo
Elas por zelo eram aças
e a maciez vicejava
de tão castas e intocadas
nas peças que trajava
Luvas Ele sempre usava
e ela sua maior das graças
quando que ele lhe sovava
às nádegas co'as mãos nuas
Seu deleite era segui-las
com longo e languido olhar
por seu espelho de canto
Albas, puras e enfim belas
quando vinham a ressoar
nas carnes de serva ao santo
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