Lucas C. Lisboa
Pedir desculpas por minha existência?
uma bela tragi-comicidade!
até, quem sabe, sinal de demência!
do artista da mais pura vaidade...
Meus versos desconhecem inocência,
cheios de ironia e de verdade.
Minhas palavras exalam dolência,
brindo toda sorte de qualidade!
Gosto de estranho ser em qualquer meio...
Arte em frases é matéria que esculpo!
e erros meus ou de outrem não desculpo.
Pouco importa qualquer desejo alheio.
eu por prazer, dos verbos feios abuso!
pois, para mim, torno belos ao uso!
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