Entro na alma alheia
sem pedir licença
são meus versos rudes
que marcam presença
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Poeta e apenas poeta
Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...
terça-feira, 31 de maio de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Cruel
Lucas C. Lisboa
Corte o fio do novelo
no qual você me teceu
sonhos e que o pesadelo
de rubro sangue manchou
É do seu lábio o vermelho
que minha boca rasgou
quando ocorre o mau conselho
de quem o engano pregou
São gralhas de mau agouro
que tem veneno prum touro
mas como doçura de mel
Porque deixou se embalar
numa canção de ninar
na linha do carretel?
Corte o fio do novelo
no qual você me teceu
sonhos e que o pesadelo
de rubro sangue manchou
É do seu lábio o vermelho
que minha boca rasgou
quando ocorre o mau conselho
de quem o engano pregou
São gralhas de mau agouro
que tem veneno prum touro
mas como doçura de mel
Porque deixou se embalar
numa canção de ninar
na linha do carretel?
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Café da Manhã
Lucas C. Lisboa
Ela trouxe dedicada
café com gotas de leite
e também duas torradas
temperadas com azeite
Nada como uma mimada
pra que o humor endireite
depois da noite embalada
com toques de deleite
É bom dormir e acordar
co'a suavidade do ar
de sua carícia e beijos
Mas devo me levantar
com vontade de ficar
para mais tantos desejos
Ela trouxe dedicada
café com gotas de leite
e também duas torradas
temperadas com azeite
Nada como uma mimada
pra que o humor endireite
depois da noite embalada
com toques de deleite
É bom dormir e acordar
co'a suavidade do ar
de sua carícia e beijos
Mas devo me levantar
com vontade de ficar
para mais tantos desejos
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Palmas e bis
Lucas C. Lisboa
O nosso amor algo tem
daqueles que pedem bis
em um longo vai e vem
tão forte quanto feliz
Não é o que mais convém
mas é o que sempre quis
e sei que você também
nos vemos e por um triz
Nosso coração não sai
pela boca mui apressado
Nosso dessejo não esvai
num verão apaixonado
e meu sonho que me distrai
é estar sempre ao seu lado
O nosso amor algo tem
daqueles que pedem bis
em um longo vai e vem
tão forte quanto feliz
Não é o que mais convém
mas é o que sempre quis
e sei que você também
nos vemos e por um triz
Nosso coração não sai
pela boca mui apressado
Nosso dessejo não esvai
num verão apaixonado
e meu sonho que me distrai
é estar sempre ao seu lado
terça-feira, 24 de maio de 2011
No alto da grade: a gata
Lucas C. Lisboa
Chorosa miava a gata
porém eu sequer sabia
e muito menos eu via
de onde vinha a serenata
no alto da grade ingrata
ela miando sofria
desde o fim daquele dia
equilibrada em sua pata
De baixo lhe perguntei:
"um trato contigo farei
eu salvo da cilada tamanha
que se meteu sem perceber
sua parte é fácil de entender
lhe salvo mas não me arranha?"
Chorosa miava a gata
porém eu sequer sabia
e muito menos eu via
de onde vinha a serenata
no alto da grade ingrata
ela miando sofria
desde o fim daquele dia
equilibrada em sua pata
De baixo lhe perguntei:
"um trato contigo farei
eu salvo da cilada tamanha
que se meteu sem perceber
sua parte é fácil de entender
lhe salvo mas não me arranha?"
domingo, 22 de maio de 2011
O Salvamento da Gatinha
Quinta eu banquei o herói de uma gatinha que miava no alto da grade do Campo de Santana quase em frente ao prédio do corpo de bombeiros que me lembra um palácio russo por sua imponência vermelha. Eu olhei para ela e disse: "Senhorita, vamos negociar isso. Eu lhe salvo mas você não me arranha viu?"
A salvei do alto da grade e a coloquei no chão. Segui sozinho e fui surpreendido pelos miados que me seguiam! Sim, a gatinha tinha se apaixonado, tentei ir mais rápido Mas ela me acompanhava! Foi me seguindo por toda a extensiva praça até que eu parei para ver qual era a delá e ela foi logo se enroscando nas minhas pernas.
Confesso que se eu já estivesse morando em Sao Cristóvão ela tinha ganho um novo lar. Peguei o ônibus para Caxias com muito pesar de deixar a gatinha pra trás. Acabei descendo no ponto errado porque estava pensando na gata e deixei passar a praça onde eu deveria descer.
No caminho de volta para casa passei por três gatos sentados me observando. Muito estranho! Senti como se eles estivessem vigiando o meu caminho em retribuição à minha boa ação do dia.
Até tirei fotos de dois deles, o primeiro ficou pra trás porque a rua era muito muito deserta e eu não iria tirar a câmera no meio da rua e correr riscos. Segue a baixo as fotos do que estava na praça e do que estava dentro da estação de trem. Engraçado como eles estavam me encarando conforme eu caminhava.
sábado, 14 de maio de 2011
Diálogo salivar:
Lucas C. Lisboa
-a minha boca que fala
sente falta do seu falo
-o meu falo sente falta
da sua boca que me fala
-a minha boca que fala
sente falta do seu falo
-o meu falo sente falta
da sua boca que me fala
sábado, 7 de maio de 2011
Minha Gatinha
Lucas C. Lisboa
Faz carinha de inocente
com essa boca pidona
vem querendo leite quente
dum jeito que até ronrona
Faz carinha de inocente
com essa boca pidona
vem querendo leite quente
dum jeito que até ronrona
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Enlaçado
Lucas C. Lisboa
me faz de querido
e tira sem pressa
que a cada pedido
lhe cai uma peça
diz no meu ouvido
vem e me confessa
sou seu pevertido
que a fome não cessa
me deixa atrevido
não prenda nem meça
sequer um gemido
parar? não me peça
me faz seu bandido
q'eu cumpro a promessa
de ser seu cativo
contente à beça
me faz de querido
e tira sem pressa
que a cada pedido
lhe cai uma peça
diz no meu ouvido
vem e me confessa
sou seu pevertido
que a fome não cessa
me deixa atrevido
não prenda nem meça
sequer um gemido
parar? não me peça
me faz seu bandido
q'eu cumpro a promessa
de ser seu cativo
contente à beça
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