Lucas C. Lisboa
Corte o fio do novelo
no qual você me teceu
sonhos e que o pesadelo
de rubro sangue manchou
É do seu lábio o vermelho
que minha boca rasgou
quando ocorre o mau conselho
de quem o engano pregou
São gralhas de mau agouro
que tem veneno prum touro
mas como doçura de mel
Porque deixou se embalar
numa canção de ninar
na linha do carretel?
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