Lucas C. Lisboa
Dez minutos uma era
nos trinta jaz descontente
rói o esmalte como fera
até chegar na carne rente
A boa moça descabela
bate a bota no batente
da porta na longa espera
do seu primeiro cliente
Ela, uma boa moça pura
treme a perna sem postura
que dê jeito a sua pressa
Mal vê quando a tecitura
do vestido cai na procura
sem mais amor ou promessa
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