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terça-feira, 27 de março de 2012

Tortura Poética

Lucas C. Lisboa

nunca teve de verdade,
Ela cândida e concreta,
qualquer pudor ou vaidade
pra por na linha o poeta

entre os trilhos da cidade
Ela amarrou o poeta
com requinte e crueldade
para sua morte certa

declamaria-lhe Drummond
até encher seus ouvidos
com filosofia barata

causaria-lhe o meio tom
dos versos mais repetidos
de Quintana até Bilac

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