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Poeta e apenas poeta
Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...
quinta-feira, 14 de março de 2013
aos primeiro de Março
só me faltam
três pros trinta
e me assaltam
dúvidas infinitas
seria essa uma crise
de meia-idade precoce?
Ou mais uma rebordose
de um velho adolescente?
vinte sete anos
com teto mas sem tento,
carreiras, filhos,
carros ou casamento
vinte sete anos
Três faculdades,
um livro publicado
e outro pela metade
meio mambembe vendo
meus versos de vagão
em vagão com que pago
a cerveja e o feijão
meio lixeiro recolho
pedaços de meu coração
remendo, costuro e colo
uma mentira sem tesão
três pros trinta
é pouco sucesso
mas muita tinta
três pros trinta
é muito verso
pra poema de quinta
domingo, 10 de março de 2013
Poeta
Poeta de bolsa bermuda e camiseta
um poeta tropical de férias do mundo
no trem lhe faz feliz o riso e a careta
do leitor que se espanta no seu verso imundo
Verso alexandrino poesia barata
mesmo no calor do rio seu metro é fecundo
E o livreto de preço livre a fome mata
Podendo esse poeta viver vagabundo
Ele faz com os coelhos que nas suas tocas
dormem saindo só se a lua no Rio de Janeiro
surge no céu e nos trilhos o ritmo toca
As sandálias gastas do poeta mineiro
contam de seu calor nas terras cariocas
"usar sapatos não dá nesse braseiro!"
um poeta tropical de férias do mundo
no trem lhe faz feliz o riso e a careta
do leitor que se espanta no seu verso imundo
Verso alexandrino poesia barata
mesmo no calor do rio seu metro é fecundo
E o livreto de preço livre a fome mata
Podendo esse poeta viver vagabundo
Ele faz com os coelhos que nas suas tocas
dormem saindo só se a lua no Rio de Janeiro
surge no céu e nos trilhos o ritmo toca
As sandálias gastas do poeta mineiro
contam de seu calor nas terras cariocas
"usar sapatos não dá nesse braseiro!"
quinta-feira, 7 de março de 2013
SD
Tenta tenta escrever filho da puta
que cê tá doido doido demais
roda roda mas não chama o seu juca
cê sabe, isso é o que o brigadeiro faz
Doido, maluco beleza e batuta
só pelo poder de Jah me veio a paz
Tudo doce sem gosto de cicuta
e a moça do chapéu beija o rapaz
toca, toca mas não chama o raul
to louco, to na trava, bateu o sino
esse veio de Saquarema do Sul
todo excesso nos leva pro divino
Dionisio é melhor que Belzebú
sou ele na sua sede de vinho
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