Eu odeio glitter, estou de ressaca tomando banho nesse banheiro imundo depois do carnaval que teimou em não passar mas passou nessa cidade maravilhosa. Esfrego minha virilha, sabão e unhas contra os pelos e glitter mas os pontinhos brilhantes parecem que fizeram ali sua colônia de férias num verão na terra do nunca. Hoje já é domingo após o desfile das campeãs do grupo especial do Carnaval de escola de samba do Rio de Janeiro.
E o boquete que recebi deitado atrás do monumento aos pracinhas da segunda Guerra continua ecoando na lembrança por causa desse glitter que saiu do rosto daquela menina de moicano que antes de me chupar elogiou meu pau como limpo depois de um dia inteiro na rua entre as ruelas da lapa, as ladeiras de Santa Tereza e as avenidas da Cinelandia.
Esfrego, esfrego meu pau, saco, coxas, cu, ventre e virilha para me livrar do glitter da menina gordinha punk que me chupou tão gostoso na praça dos pracinhas. Desisto novamente, uma semana tentando tirar os glitter da minha visão e não consigo. Os generais da Ditadura eram muito melhores nisso de tirar da visão o que não queriam. Entre a praça da Cinelandia e o Monumento aos pracinhas havia um enorme edifício em uma arquitetura exuberante datada da virada do século.
O Palácio Monroe era presente inglês, com vitrais e estruturas trazidas direto de além mar. Um belo presente das Europa pro Brasil. A França deu uma estatuazinha pros EUA colocarem na Bahia de Manhatam e logo virou um dos principais cartões postais do país. Já o Palácio Monroe atrapalhava a vista do grandioso movimento aos pracinhas e com a desculpa da passagem do metrô os milícos brasileiros mandaram desmanchar.
O que foi feito com o edifício modular que veio de navio pra ser montado aqui e depois foi desmanchado novamente? Ninguém sabe ninguém viu. O magneto das vigas da perimetral não atuou pela primeira vez na copa. Já é velho conhecido dos milícos brasileiros.
Como o glitter e os meus pentelhos que já vão criando uma convivência pacífica e cordial. Mas durante o boquete não pensei em nada disso só enfiava mais fundo meu pau. Lhe alcançando a garganta enquanto ela não se intimidava querendo mais. Fodi longamente seus lábios superiores enquanto meus dedos brincavam em seus mamilos escutei o barulho primeiro de sua fivela depois do zíper e por fim vim que descia as calças para depois das ancas.
Meus dedos alcançaram seus lábios inferiores e me pus a lhe dedilhar uma melodia de no máximo três acordes pois era o ritmo que a nossa embriaguez permitia. A cada dedilhada sua voz gemida era calada por minha glande em sua boca macia. Uma dada ora lhe peguei pelo moicano e a girei para que ficasse deitada de lado rente a mim. Com os arbustos nos protegendo mas com seus lábios livres gemendo lhe penetrei a bucetinha após botar a camisinha.
No monumento aos pracinhas eu lhe fodi no carnaval, sentia aquela bunda grande e branca rebolar e bater em minha virilha. E também naquelas nádegas havia glitter, muito glitter. Lhe fodia com força imaginando os paus que chupava por aí para ter elogiado o meu. Sempre tive essas curiosidades, saber mais e mais sobre o que se passou e passa com quem fodo. E cortando meus pensamentos veio o seu tremor e gozo. Gosto de assistir, o corpo arquear, o peito arfar, sentir sua falta de ar e sua mão trêmula a minha apertar e depois fraquejar. É meu próprio gozo, muitas vezes melhor que a ejaculação.
Meti mais um pouco agora no meu ritmo para gozar rápido e despejei na camisinha meu prazer. No box lembrando disso também gozei direto no ralo. Dei um nó na camisinha e guardei no bolso da calça cargo, não deixaria ali meu gozo jogado. Deitados semi nus continuamos nosso papo de poesia nos beijamos algumas vezes breves e outras vezes longas.
Começou a amanhecer e nos levantamos trôpegos. Nos despedimos na Cinelândia. Ela ia pra uma ocupação onde estava morando e eu pegaria ali o metrô pro quarto que eu alugava na casa do velho maluco no Leblon. Joguei a camisinha na lixeira da praça e olhei de volta pro monumento dos pracinhas. Nada de primoroso para merecer a remoção do eclético Palácio Monroe.
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