Lhes tomo como um escultor e não
como um pintor, pois não tenho eu
uma tela em branco, um terreno
baldio, sem vida. A minha lavra
é de pedra, com seus veios, ranhuras,
rachaduras e sua própria forma pede;
Pede por, uma nova forma, um novo
modo de cantar suas dores e feridas.
Envolvo, justamente, onde lhes sinto
os seus mais profundos fascínios.
Pois lhes testo as próprias defesas
e lhes ato em seu próprio gozo!
Para as que desejam a prisão;
cordas, algemas e amarras.
Para as que anseiam a humilhação;
abusos verbais e ordens públicas.
Para as que tremem na dor;
meus chicotes e meus tapas.
Para as sensoriais, meus pés;
minha venda e minha vela.
Para as que tudo é pouco;
o meu nada e nada mais!
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