Ela puxa pela vista
paro, penso e me pergunto
pela mais bela passante
que Baudelaire jamais veria
Ela está aqui, nos trópicos
de outono tão quente
de verão quase infernal
aqui a passante é Preta
Ela seu piano toca
numa multiplicidade
como alguém feliz que dança,
e brinca pronta pra próxima
Ela tem o tempo certo
feito de Poesia e Música
nas assonâncias e versos
co'a Melodia alinhavada
Ela é sim minha cidade
tão mais bela que Veneza
ou qualquer das muitas outras
que conta e canta Calvino
Ela toda é Musa e Música
Musicista? Não! Metrópole
cujo ser confunde bem
meu estar co'encantos e acordes
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