Dourada taça sobre meus estudos
quebra-se vilipendiada e o sol
inda tarda deixando-me só e mudo,
feito terra no centro dum atol.
Me sopra seu sabor, sorrateira succubus
me mistura o dourado e doce do álcool.
Sinto o sonho perdido entre apuros
sou eu barco em mar ermo sem farol?
Suspendo-me: profano ou divino?
já os cacos eu recolho numa lâmina,
de abrir cartas, reluzindo prata;
na mesa os versos tingidos de vinho
e dentre ouro e prata, duma infâmia
brota a gota de sangue insensata...