Quero ser livre sem amarras e sem regras:
conto e reconto sim os meus versos sem métrica;
cravo no meu papel sons e palavras às cegas;
faço poemas mil em vaidosa estética.
São segredos senis que a verdade renega,
feito aqueles assim escritos na prática
solta do seu ardil, sutil, que em mim se esfrega
nessa ponta de língua afiada e dramática.
Verso livre? Será sempre meu melhor lema.
Sobre o metro? No canto eu jogo de castigo!
Faço fluxo mental por pura leniência...
Ei! sempre desconfie de quem conta poema,
de quem entra no esquema e faz versos medidos,
que faz da pena uma pena ou mesmo penitência!
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