amarro bem os meus versos
e tolho cada palavra
que avulsa me vira escrava
de meus desejos perversos
gosto quando a rima crava
na carne ímpetos imersos
em taras, gozos diversos
e toda perversão rara
numa voz doce e macia
teço bem uma ilusão
de que a corda acaricia
pelas linhas da escansão
geme cada poesia
que encadeia de tesão
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