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quinta-feira, 16 de maio de 2024

Poeticamente sádico

amarro bem os meus versos
e tolho cada palavra
que avulsa me vira escrava
de meus desejos perversos

gosto quando a rima crava
na carne ímpetos imersos
em taras, gozos diversos
e toda perversão rara

numa voz doce e macia
teço bem uma ilusão
de que a corda acaricia

pelas linhas da escansão
geme cada poesia
que encadeia de tesão

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