Eu tô com cara de poeta vagabundo?
Justo! Não quero jamais confundir meu público:
cabelo bagunçado e cavanhaque inculto
aro redondo pros olhos e peito impúdico.
Pelo espelho destaca o gosto tatuando
em minha perna eis coxa eis ninfa e sátiro
dançando na gravura indecente prum culto
a Dionísio que logo acima sobe ao púlpito
No braço como num abraço meus asseclas
sacerdotes se brindam num banquete eterno
Glauco, Hilst, Leminski, Augusto, Rosa e Siba
Colasanti, Matos, Lee, Quintana, Sergio, Sade
e o satírico Raul completam num bom termo
a volta feita na foto deste poeta
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