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Poeta e apenas poeta
Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...
domingo, 8 de setembro de 2024
Écfrase Alexandrina
sábado, 8 de junho de 2024
Meu Doce
quarta-feira, 11 de outubro de 2023
Concerto
segunda-feira, 31 de julho de 2023
Década passada revisitada
segunda-feira, 22 de maio de 2023
Sem hora na janela
quinta-feira, 27 de abril de 2023
Cavalga-me
sexta-feira, 16 de setembro de 2022
Cecília Filósofa
quinta-feira, 30 de dezembro de 2021
Sonetilho para Cecília
sábado, 26 de junho de 2021
Dentre trilhas
sexta-feira, 25 de junho de 2021
Marina Mares de Morros
Galanteio
serão seus olhos, sua barba o meu novelo
que desfio elogios que desafio o firmamento
e escrevo letras lindas a todo momento
Miro em sua voz, óculos e cabelos
e acerto sonhos lindos e sinceros
vagando em ti e em mim como se fosse vento
que varre em versejar e no proseamento
Lhe conto histórias, as mais felizes que tenho
ilustrando seu coração com meu engenho
e meus planos de alcançar o céu de sua boca
Porque seu núbio empenho é belo, sincero
que como bom espectador vejo e desvelo
um conto de princesas e rainha louca
sexta-feira, 14 de maio de 2021
Cachimbo D'água
quarta-feira, 31 de março de 2021
Minha doce Pêra
A pêra queixosa fica pelos cantos
seu amor lhe usa só de vez em quando
sonha com as velas, as cordas e tantos
os prazeres que fica salivando
É faminta mulher cheia de encantos
é latifúndio pra ser invadido
com desejos cruéis que causa espantos
aos homens muito aquém do desejado
Diga os seus mais profundos dos anseios
suas vontades submissas, masoquistas
e tão, tão pervertidas que me soam
tal canção de ninar nos doces seios
duma devassidão das mais narcisistas
que das marcas sorri por mais que doam
quinta-feira, 25 de março de 2021
Dúbios Deleites
domingo, 14 de março de 2021
Gabriela,
segunda-feira, 29 de junho de 2020
Trovador Romântico
quinta-feira, 9 de janeiro de 2020
Dissoneto
quinta-feira, 6 de junho de 2019
Terreno Fértil
Sou jardineiro da última flor do lácio
um coveiro nada culto tampouco belo
que cava com as próprias mãos o seu espaço
não sou ourives, me cai melhor o rastelo
Dessa terra bruta hei de tirar o macio
fruto cultivado e que há tanto tanto espero
Pois do campo sou devoto e nele que crio
a fome de juntar sua foice ao martelo
Das cidades onde vivo do meu país
expatriado, apertado e apartado
num apartamento que ainda fala minha língua
Mas que nada me responde ou me diz
e pelas mitomaníacas condenado
sem resposta ou pergunta e sempre à míngua
domingo, 18 de novembro de 2018
Com carinho e fome
Minha cadela de rabo agitado
a sua língua faz falta nos meus pés
lambendo-me de quatro no quadrado
revirando olhos, me vendo de viés.
Pé, perna e pau vai me lambendo todo
quer ser minha Náu guiada do convés
nos apoios de polegar do dorso
pra me rebolar sem pudor ou revés
Vem cá cadela de prazer contido
em cada arfar em cada gemido
abafado pelas minha mão macia
Vem cá cadela com seu rabo ardido
pelo meu deleite sádico imperativo
que lhe ordena tal a fome acaricia
segunda-feira, 3 de abril de 2017
Drink
nu no espelho, me vejo e a vista me trava
pele pálida, desespero e tristeza bela
sem poesia, sem amor, sem força, sem lavra
Era mais fácil na época duma Florbela
um bilhete duplo pra Verona bastava
e partia sem choro sem drama sem querela
culpa, remorso, tristeza, tudo às favas
São dois goles amargos prum sonho bom
desatino que persigo, pesquiso e não acho
esses tempos modernos são tão cuidadosos!
Já faz um ano, que não me troco meu tom
numa dúvida do porque não me despacho
pros braços noturnos tão amorosos!