Lucas C. Lisboa
Venham repousar
todos os anjos caídos
ao teu ímpio leito
Publicação em destaque
Poeta e apenas poeta
Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
Obsessão
Lucas C. Lisboa
Não me interesso por nada menos que tudo.
Pois é, mesmo que lhe pareça maior absurdo...
Saiba: de modo algum tal o seria pra mim;
mesmo quando pouco resta raspo até fim.
Quando qualquer grito é vazio ou mudo
e ao som mais refinado se faz tão surdo...
Serão nossos retratos rasgados assim
e a navalha equilibra-se entre não e sim!
Pois eu já mandei jogar minhas cartas fora...
(mas guardo muitas em um suspiro de dor)
Quase ri de mim quando você foi embora...
(e dizia eu:"Pois irei contigo onde for")
Estranho como lhe quero bem mais agora...
(se antes tinha sonhos, hoje tenho horror)
Não me interesso por nada menos que tudo.
Pois é, mesmo que lhe pareça maior absurdo...
Saiba: de modo algum tal o seria pra mim;
mesmo quando pouco resta raspo até fim.
Quando qualquer grito é vazio ou mudo
e ao som mais refinado se faz tão surdo...
Serão nossos retratos rasgados assim
e a navalha equilibra-se entre não e sim!
Pois eu já mandei jogar minhas cartas fora...
(mas guardo muitas em um suspiro de dor)
Quase ri de mim quando você foi embora...
(e dizia eu:"Pois irei contigo onde for")
Estranho como lhe quero bem mais agora...
(se antes tinha sonhos, hoje tenho horror)
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
quinta-feira, 18 de janeiro de 2007
Flauta de Porcelana
Lucas C. Lisboa
Do rosto recoberto, saida d'uma tela
encanta, por ser sonho de qualquer quimera
pois mesmo quando só desnudada aos lábios
basta-os ao findar de pesadelos vários
Flauta de Porcelana, muito mais que mera
cantante de belíssimos versos pois ela
compete de igual co'a filosofia dos sábios
e saberes dos magos com seus alfarrábios
As suas palavras: Divina sabedoria
acalmando os exércitos e os Vis compadeçam
luz no peito mais escuro e d'alma perdida
Sua música é muito mais que chula magia
essa notas que entoa até as pedras tocam
vertem lágrimas d'ouro e ganham própria vida
Do rosto recoberto, saida d'uma tela
encanta, por ser sonho de qualquer quimera
pois mesmo quando só desnudada aos lábios
basta-os ao findar de pesadelos vários
Flauta de Porcelana, muito mais que mera
cantante de belíssimos versos pois ela
compete de igual co'a filosofia dos sábios
e saberes dos magos com seus alfarrábios
As suas palavras: Divina sabedoria
acalmando os exércitos e os Vis compadeçam
luz no peito mais escuro e d'alma perdida
Sua música é muito mais que chula magia
essa notas que entoa até as pedras tocam
vertem lágrimas d'ouro e ganham própria vida
sexta-feira, 12 de janeiro de 2007
quinta-feira, 11 de janeiro de 2007
Carteado
Ataualpa S. Pereira / Lucas C. Lisboa
Naquela tênue luz, cartas à mesa posta:
os dedos sobre o Palco marcam o compasso,
por um olhar reluz os punhados da aposta,
de relance o decalco do Arlequim devasso...
Ao lado Imperatriz com seu Bastão em Cruz:
sorri a prima realeza, para de sobressalto
tal uma meretriz ele às cartas faz jus,
gota se esvai, frieza pela face em salto...
Dum trago, tece fio de bruma dançatriz
d'outro lado pigarro de rouca aspereza:
cerra os olhos no fetio da velha cicatriz
na cuspideira escarro dissolve a certeza.
Dedos um tanto tensos esquecem do frio,
finalmente, felinos partem ao bizarro:
são montantes imensos por desvario,
intrépidos ladinos sem temer esbarro...
Sorriso de resposta, olhares intensos:
o passo em falso é trocismo dos destinos!
Na Trapaça exposta: silêncio aos lenços
antes do encalço virão saques alcovinos.
Naquela tênue luz, cartas à mesa posta:
os dedos sobre o Palco marcam o compasso,
por um olhar reluz os punhados da aposta,
de relance o decalco do Arlequim devasso...
Ao lado Imperatriz com seu Bastão em Cruz:
sorri a prima realeza, para de sobressalto
tal uma meretriz ele às cartas faz jus,
gota se esvai, frieza pela face em salto...
Dum trago, tece fio de bruma dançatriz
d'outro lado pigarro de rouca aspereza:
cerra os olhos no fetio da velha cicatriz
na cuspideira escarro dissolve a certeza.
Dedos um tanto tensos esquecem do frio,
finalmente, felinos partem ao bizarro:
são montantes imensos por desvario,
intrépidos ladinos sem temer esbarro...
Sorriso de resposta, olhares intensos:
o passo em falso é trocismo dos destinos!
Na Trapaça exposta: silêncio aos lenços
antes do encalço virão saques alcovinos.
sábado, 6 de janeiro de 2007
terça-feira, 2 de janeiro de 2007
segunda-feira, 1 de janeiro de 2007
Surreal Canibalismo
Lucas C. Lisboa
ao campo prostrados
deitados um aos pés d'outro
de acordo devoram-se
ao campo prostrados
deitados um aos pés d'outro
de acordo devoram-se
sábado, 23 de dezembro de 2006
terça-feira, 19 de dezembro de 2006
Como quem se dá ao Carrasco
Lucas C. Lisboa
mãos Acorrentadas sobre a cabeça
dorso desnudado Violentos Rasgos
roupas abertas, cuidadosa pressa
causo, por hora, mais medos que estragos
submissa um soluço surdo começa
por sussurros e gemidos mesclados
tudo bem guardado na sua Mordaça
enquanto tem os seios Lacerados
imobilizada com Horror se espanta
tentando inutilmente libertar-se
ao sibilado do Metal que se afia
tal Instrumento causa uma dor tanta
ao penetrar tenra carne desfalece
pois se pudesse agora gritaria
mãos Acorrentadas sobre a cabeça
dorso desnudado Violentos Rasgos
roupas abertas, cuidadosa pressa
causo, por hora, mais medos que estragos
submissa um soluço surdo começa
por sussurros e gemidos mesclados
tudo bem guardado na sua Mordaça
enquanto tem os seios Lacerados
imobilizada com Horror se espanta
tentando inutilmente libertar-se
ao sibilado do Metal que se afia
tal Instrumento causa uma dor tanta
ao penetrar tenra carne desfalece
pois se pudesse agora gritaria
sexta-feira, 15 de dezembro de 2006
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
O Trio que chegou
Lucas C. Lisboa
Iago, Lú e Eu
Iago, Lú e Eu
Um trio da pesada
cabou de chegar
Iago, Lú e Eu
Iago, Lú e Eu
Um trio da pesada
só pra variar
Eu já entediado
Ela bem modesta
Ele bonachão
Eu meio quadrado
Ela já desperta
Ele pancadão
Iago, Lú e Eu
Iago, Lú e Eu
Um trio da pesada
cabou de chegar
Iago, Lú e Eu
Iago, Lú e Eu
Um trio da pesada
só pra variar
Eu já entediado
Ela bem modesta
Ele bonachão
Eu meio quadrado
Ela já desperta
Ele pancadão
sexta-feira, 8 de dezembro de 2006
Questão de Fé
Lucas C. Lisboa
"e gosta de preces?"
Mais que depressa responde:
"Eu não! Deus me livre!"
"e gosta de preces?"
Mais que depressa responde:
"Eu não! Deus me livre!"
sexta-feira, 1 de dezembro de 2006
terça-feira, 21 de novembro de 2006
......Incêndio na Floresta
Lucas C. Lisboa
Enquanto a floresta inteira buscava
co'as bocas, bicos, trombas e suas patas
qualquer tanto d'água para essas matas
que nas chamas do incêndio queimava
O lobo, sentado, o vento tragava
usando de suas habilidades natas
a procurar aquelas almas rotas
que a floresta novamente incendiava
As feras todas caladas o censuravam:
ele parado, sem nada ajudar!
"Que ser mais egoísta!" - murmuravam
não viram-no sorrateiro a circundar...
Pois foi quando as brasas mais crepitavam
que os incendiários se pôs a caçar.
Enquanto a floresta inteira buscava
co'as bocas, bicos, trombas e suas patas
qualquer tanto d'água para essas matas
que nas chamas do incêndio queimava
O lobo, sentado, o vento tragava
usando de suas habilidades natas
a procurar aquelas almas rotas
que a floresta novamente incendiava
As feras todas caladas o censuravam:
ele parado, sem nada ajudar!
"Que ser mais egoísta!" - murmuravam
não viram-no sorrateiro a circundar...
Pois foi quando as brasas mais crepitavam
que os incendiários se pôs a caçar.
segunda-feira, 20 de novembro de 2006
quinta-feira, 16 de novembro de 2006
......Simbolismo Laico
Lucas C. Lisboa
Eu, que estou do lado errado da cruz
mas, não posso me lograr de maldito
entediado, com quem valsa conduz
em tom tão alvo, que jamais repito
Ela, que traz consigo a pura luz
mas, não me deixa enxergar o bendito
passado que, pelo pó, não reluz
hoje, sem qualquer verso, voz ou grito
Não fui convidado para essa ceia
nem chamado para assaltar despensa
Não sou daqueles que muito anseia
nem doutros que por soberba dispensa
Feliz se encontrar alguém que me leia
muito mais se encontrar algum que pensa
Eu, que estou do lado errado da cruz
mas, não posso me lograr de maldito
entediado, com quem valsa conduz
em tom tão alvo, que jamais repito
Ela, que traz consigo a pura luz
mas, não me deixa enxergar o bendito
passado que, pelo pó, não reluz
hoje, sem qualquer verso, voz ou grito
Não fui convidado para essa ceia
nem chamado para assaltar despensa
Não sou daqueles que muito anseia
nem doutros que por soberba dispensa
Feliz se encontrar alguém que me leia
muito mais se encontrar algum que pensa
terça-feira, 14 de novembro de 2006
sexta-feira, 10 de novembro de 2006
......O Banquete
por Lucas C. Lisboa
Talvez por ser o mais fraco;
Talvez por ser o mais forte;
por puro acaso de vida!
por puro acaso de morte!
Talvez por ser mais amante;
Talvez por ser mais consorte;
por puro acaso de azar!
por puro acaso de sorte!
Pois então nós brindaremos;
aos tão ilustres ausentes!
Pois então nós brindaremos;
aos tão ilustres presentes!
Pois então nós brindaremos;
aos ilustres simplesmente!
Talvez por ser o mais fraco;
Talvez por ser o mais forte;
por puro acaso de vida!
por puro acaso de morte!
Talvez por ser mais amante;
Talvez por ser mais consorte;
por puro acaso de azar!
por puro acaso de sorte!
Pois então nós brindaremos;
aos tão ilustres ausentes!
Pois então nós brindaremos;
aos tão ilustres presentes!
Pois então nós brindaremos;
aos ilustres simplesmente!
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
......Dulcíssima
por Lucas C. Lisboa
E segurando a faca pelo fio...
Ela sozinha e trêmula morde
uma tal raiva tamanha que
machuca esse seu lábio tão macio
E segurando a faca pelo fio...
Ela sozinha e trêmula morde
uma tal raiva tamanha que
machuca esse seu lábio tão macio
terça-feira, 31 de outubro de 2006
......Maçã Aurea
por Lucas C. Lisboa
As minhas loucuras são tão singelas
que suavemente podem ser colhidas
tal qual as pequeninas margaridas
ou quaisquer outras flores amarelas
As minhas esperanças são tão belas
que formam danças por demais perdidas
morrendo por elas diversas vidas
e não escorrendo nas aquarelas
Sou daqueles que Brinda às estrelas
sem se dar conta dos risos alheios
ou pensar no quão estão distantes!
Sou daqueles que realmente intenta tê-las
sem pensar nos absurdos ou ter receios
pois sei que elas são poesias-diamantes!
As minhas loucuras são tão singelas
que suavemente podem ser colhidas
tal qual as pequeninas margaridas
ou quaisquer outras flores amarelas
As minhas esperanças são tão belas
que formam danças por demais perdidas
morrendo por elas diversas vidas
e não escorrendo nas aquarelas
Sou daqueles que Brinda às estrelas
sem se dar conta dos risos alheios
ou pensar no quão estão distantes!
Sou daqueles que realmente intenta tê-las
sem pensar nos absurdos ou ter receios
pois sei que elas são poesias-diamantes!
quarta-feira, 25 de outubro de 2006
......Sr. Personna
por Lucas C. Lisboa
Desesperado a saber caro amigo!
Por quantas anda nossa vontade?
Terias tu tal conhecer contigo?
Diga-me, pelo menos por vaidade!
O teu silencio é algum castigo!
Sabes se me ouvem nesta cidade?
Diria-me porque teus passos eu sigo?
Já não nos resta nenhuma verdade!
Sr. Personna, o que trazes pra mim?
Traz contento ou pesar sem fim?
Sr. Personna, o que trazes pra mim?
Traz mentira e boato assado ou assim?
Sr. Personna, o que trazes pra mim?
Traz agora um sonho bom ou ruim?
Desesperado a saber caro amigo!
Por quantas anda nossa vontade?
Terias tu tal conhecer contigo?
Diga-me, pelo menos por vaidade!
O teu silencio é algum castigo!
Sabes se me ouvem nesta cidade?
Diria-me porque teus passos eu sigo?
Já não nos resta nenhuma verdade!
Sr. Personna, o que trazes pra mim?
Traz contento ou pesar sem fim?
Sr. Personna, o que trazes pra mim?
Traz mentira e boato assado ou assim?
Sr. Personna, o que trazes pra mim?
Traz agora um sonho bom ou ruim?
segunda-feira, 2 de maio de 2005
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