Sujeira quem faz é carro e
quem anda com cão sem saco
de catar caca do chão
Crianças, plantas e pássaros
não sujam só redecoram
o mundo com suas cores
Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...
Sujeira quem faz é carro e
quem anda com cão sem saco
de catar caca do chão
Crianças, plantas e pássaros
não sujam só redecoram
o mundo com suas cores
Segunda-feira voltando para casa depois de trabalhar até às oito da noite atravesso o túnel Noel Rosa falando com minha mãe no viva voz do telefone.
Escuto então a sirene de uma viatura da polícia atrás de mim, eu dou seta e mudo de faixa para a direita, reduzo a velocidade para permitir a passagem dela. A viatura vai para trás de mim ainda com a sirene ligada. Eu sem saber o que fazer reduzo mais ainda. Eles então emparelham comigo e ordenam que eu encoste no posto. Minha mãe percebe meu nervosismo e eu digo que a polícia me mandou parar.
Encosto no posto, desligo o carro e espero a polícia parar com os pulsos apoiados no volante e as mãos abertas. Sinto medo, muito medo. Qualquer movimento errado que eu fizer pode ser justificativa.
Ele pede pra eu sair do carro, eu desço com as mãos abertas a meia altura, saio e encosto as mãos abertas no capô do carro. O policial ri de mim e diz que eu não preciso fazer tudo isso, fico calado, de pernas abertas. O primeiro me revista e dá um tapa no meu saco. O segundo me revista e é mais agressivo que o primeiro.
Me pedem para abrir o porta-malas do carro, encontram a bola colorida do meu menino e uma caixa com livretos de poesia e papel colorido. Me questionam o porquê daquilo de onde eu sou, se eu sou do Rio. Eu respondo que sou de Minas mas que tenho casa aqui. Nenhuma resposta parece estar correta para eles. Revistam, reviram e retiram todo o conteúdo de minha bolsa.
Pedem o documento do meu carro eu entrego aliviado por saber que está tudo em dia. Ele pega o documento e diz que está faltando uma parte, estou surpreso, digo que não falta nada. Digo que eu passei numa blitz um mês antes e fui liberado com esse mesmo documento.
Dizem que meu carro terá de ser rebocado e pagar uma multa de 512 reais. Pedem pra eu procurar no carro se eu não acho a parte faltando. Enquanto estou procurando um deles vem me perguntar se eu tinha bebido eu respondo que não, que só tinha bebido café. Ele me pressiona e diz que até um chocolate com licor é o bastante pro bafômetro. Me intimida perguntando se eu faria o teste eu afirmo que sim e ele pede pra que eu o acompanhe.
Mais perto da viatura o que estava falando comigo da voz para o outro e fala que realmente vai ter que rebocar meu carro. Eu cansado, peço para me devolverem mina CNH pois iria de táxi pra casa afinal não havia nada pra resolver ali é amanhã iria ao Detran perder un 3 dias de trabalho para reaver meu carro.
Ele tenta distorcer o que eu disse e fala que eu tinha dito que estava a passeio. Eu nego. Me pressiona novamente dizendo que além da multa eu teria que pagar as diárias do pátio. Resignado escuto calado. Ele fala que ia falar com o delegado de plantão sobre o meu caso. O outro policial se "esquece" do bafômetro e se afasta no rádio.
O policial que fica me pede para me afastar da viatura pois ela está gravando. Vamos para perto do carro e ele pergunta se eu quero que falem com o delegado. Eu digo que não. Ficamos ali parados alguns segundos e ele fala que vai me liberar. Me ameaça de consultar o sistema pra ver se. Minha CNH está em dia.
Se despedem de mim, entro no carro nervoso e espero eles partirem antes de ligar o carro, meio desnorteado vou para o lado errado e tenho que manobrar o carro. Ligo pra minha mãe que está tanto ou mais nervosa que eu. Ligo pro meu pai pra acalma-lo também. Chego em casa tremendo de nervoso.
No dia seguinte sou parado numa blitz de verdade. Me pedem os documentos, me pedem para descer do carro e abrir o porta malas. O policial passa a lanterna nos documentos e no porta malas. Me libera sem mais problemas.
Não cacete, não começa
co'a boca no meu caralho
Primeiro quero que meça
o meu pé como seu malho
Dedos e falanges sem pressa
decore co'a saliva e língua
pra lhe entrar onde interessa
e no meu pé rebolar faminta
Eu me rio quando me recordo
de suas juras de que nunca
chuparia meu dedão
É sem vergonha e lhe mordo
como cão cobre sua cadela
deflorando seu botão
Após os anos que me arrombaram a porta para me fazer mal com a desculpa de preocupação finalmente consertei.
Nesses anos ninguém pôde fazê-lo por mim, por mais que eu pedisse, implorasse para aqueles que por um motivo ou outro pousaram do meu lado.
Nenhum, nenhum foi capaz de consertar a porta que me arrombaram. Arrombaram essa porta e levaram cá de dentro minha paz, minha vida, meu eu e tudo mais.
Mas hoje, sozinho, a porta tem todo seu batente bem preso, fixo. Os parafusos amostra são aparentes como são aparentes as minhas cicatrizes, são aparentes meus erros, minhas falhas, minha história. Não pretendo pinta-los de azul para não ficarem tão visíveis. Eles estão ali por um motivo e não há porque esconder.
Agora só me falta ter de volta a chave da fechadura.
Entre carros, caronas, ônibus, aplicativos e metrô tenho vivido as últimas semanas desde que a prefeitura do Rio resolveu transformar as ruas em uma espécie de campo minado deixando blocos de pedra do tamanho de barras de gelo industrial soltas pelas ruas sem pintura ou sinalização. Meu carro já era e apesar de ninguém ferido nunca mais o verei ficando apenas suas doces recordações.
Mas hoje voltei ao tempo anterior quando ia e vinha de ônibus dum estado pro outro, claro que agora estou melhor, pego um assento mais confortável mas continua sendo verdade que sempre que eu chego na rodoviária Novo Rio começa aquela perseguição dos taxistas e ajudantes oferecendo táxi. Antes eu só recusava e eles continuavam insistindo até dar no saco. Descobri uma boa estratégia para reverter. Só pergunto vai ser no taxímetro e sem cobrar pela bagagem, somem na hora.
Do finado veículo ficam guardadas as viagens maravilhosas, com lábios em meu falo enquanto eu dirigia apreciando a paisagem sem precisar mais trocar de marcha, carro automático tem dessas vantagens. Poder dedilhar ou ter uma linda sereia de cabelos coloridos, uma linda de blackpower ou uma gordinha branquela me chupando enquanto eu dirijo meu carro pela estrada na pista da direita sem pressa de chegar é um prazer a lá Jack Kerouac que recomendo a todos a leitura.
Do transgressivo Na Estrada voltei a ser um pacato passageiro cobrando seus direitos na saída da Rodoviária e paro
na frente daquela galera de taxista que fica amontoado logo na saída literalmente lhe puxando pro carro deles e fiz a pergunta:
- Quem aqui me leva pra Tijuca no taxímetro? - Metade das mãos pararam de abanar pedindo minha atenção.
Quando eu tinha que passar marcha eu também era um sujeito mais romântico e namorava a distância, ela vinha fim de semana sim, fim de semana não com seu jeito de cigana e seus longos cabelos cacheados me esperar do lado de fora da rodoviária de Beagá. Era sempre as quatro da madrugada, chegava e estávamos famintos um pelo outro e não dava tempo de chegar em casa e ali nessa época desenvolvi meu apreço por fazer dela meu piano, tocando com meus dedos famintos entre seu clitóris, buceta e cu mas afinando o tom do gemido pelos mamilos que com gentil sadismo eu lhe apertava pelas ruas desertas do centro da minha cidade natal.
- Sem cobrar bagagem? - sumiram quase todas as mãos e falas agitadas
No caminho com minha mão direita ocupada lhe ensinei a passar marcha enquanto íamos vagarosamente pela rua Curitiba até chegarmos a Gonçalves Dias. Eram duas retas, uma cidade e um poeta que nos separavam da rodoviária a minha morada. Ela, minha namorada, entre seus delírios, rebolares e gritinhos quando meus dedos iam fundo em seu rabinho passava as marchas conforme eu ordenava. Primeira, segunda, ponto morto no sinal vermelho no cruzamento em asterisco típico dos belos horizontes. Mesmo um ônibus parado ao nosso lado não cessava meus dedos e ela fechava os olhos e só sentia ante a possibilidade de ser vista, flagrada se desmanchando ali.
- Seguindo a rota do meu GPS? - onde antes havia uma balbúrdia treinou o silêncio sepulcral com vários olhares contrariados.
A garagem era bem apertada e ela tinha que descer antes de entrarmos com o carro. Suas pernas sempre tremiam bastante e naquele frio ela ajeitava o vestido todo roto pelos meus dedos invasivos, as vezes ainda tinha de ajeitar uma calcinha e sutiã outras vezes não pois ou fora obediente e já viajou sem conforme eu tinha instruído ou foram pra longe dentro do carro mesmo. De retrovisores encolhidos, adentrava logo após ela passava pelo portão também se aninhando a si mesma pelo frio da madrugada. A cidade onde ela morava era bem mais quente que Beagá, não era um inferno como o Rio mas ainda assim muito quente.
Peguei minhas malas, dei boa noite e caminhei uns cem metros até o posto do lado da rodoviária não sem no caminho ser abordado por mais uns dois auxiliares de taxistas e uma proposta de viajar num carro comum.
Nós sabíamos até em casa nos devorando passo a passo, chegavamos ao quarto e não dava tempo de subir ao mesanino, calça, camisa e vestido estavam no chão e no meio do quarto meu tesão lhe pegava pelo vão de suas pernas que escorriam molhadas. Certas vezes ia certeiro em sua buceta e a fodia ali em pé segurando-lhe as mãos nas minhas noutras vezes a sua lubrificação era tal que seu bumbum redondinho engolia tudo de uma vez e eu lhe abraçava forte e a empalava sem dó chegando a abrir sua braços no ar formando o belo crucifixo antes de gozar.
Depois de dispensar os tantos profissionais liguei o aplicativo. Em menos de um minuto estava embarcado indo pra casa. Chegando seguro e sem ser extorquido por ninguém no processo.
Não sei quando a burocracia do seguro vai liberar a indenização ou o carro reserva mas por enquanto fico na memória das boas fodas. Inclusive Duma em especial que ficou grande demais para contar mas que fica para uma próxima crônica que é sobre o dia que meu trepo atrapalhou o trampo e a labuta das putas.
Sempre que eu chego na rodoviária Novo Rio começa aquela perseguição dos taxistas e ajudantes oferecendo táxi. Antes eu só recusava e eles continuavam insistindo até dar no saco. Descobri uma boa estratégia para reverter. Só pergunto vai ser no taxímetro e sem cobrar pela bagagem, somem na hora.
Para testar a eficácia parei na frente daquela galera de taxista que fica amontoado logo na saída literalmente lhe puxando pro carro deles e fiz a pergunta:
- Quem aqui me leva pra Tijuca no taxímetro? - Metade das mãos pararam de abanar pedindo minha atenção.
- Sem cobrar bagagem? - sumiram quase todas as mãos e falas agitadas
- Seguindo a rota do meu GPS? - onde antes havia uma balbúrdia treinou o silêncio sepulcral com vários olhares contrariados.
Peguei minhas malas, dei boa noite e caminhei uns cem metros até o posto do lado da rodoviária e liguei o aplicativo. Em menos de um minuto estava embarcado indo pra casa.
Egum, egum meu querido,
favô levá esse vestido
e sua dona mal comida
pra longe da minha vida!
Posso continuar
Na mesa dum bar
Tomando cerveja
Contigo na mesa
Posso lhe beijar
sorvendo seu ar
para que me veja
Tal seu rei e alteza
Posso lhe enlaçar
Meu ato num par
de mimo e maltrato
perverso retrato
Do bem que lhe faço
Lhe abrindo no espaço
das pernas num ato
que dentro me engato
Lhe ensino meu passo
lhe adestro seu traço
Prum plano insensato
dentro do quarto
Onde meu amasso
é de ferro, de aço
atada em pleno ar
de tanto gozar
Menina sem nome
Espero que me tome
esse poema meu
Como convite seu
Pruma noite insone
que agente se come
até o fim do breu
da noite sem léu
Eu odeio glitter, estou de ressaca tomando banho nesse banheiro imundo depois do carnaval que teimou em não passar mas passou nessa cidade maravilhosa. Esfrego minha virilha, sabão e unhas contra os pelos e glitter mas os pontinhos brilhantes parecem que fizeram ali sua colônia de férias num verão na terra do nunca. Hoje já é domingo após o desfile das campeãs do grupo especial do Carnaval de escola de samba do Rio de Janeiro.
E o boquete que recebi deitado atrás do monumento aos pracinhas da segunda Guerra continua ecoando na lembrança por causa desse glitter que saiu do rosto daquela menina de moicano que antes de me chupar elogiou meu pau como limpo depois de um dia inteiro na rua entre as ruelas da lapa, as ladeiras de Santa Tereza e as avenidas da Cinelandia.
Esfrego, esfrego meu pau, saco, coxas, cu, ventre e virilha para me livrar do glitter da menina gordinha punk que me chupou tão gostoso na praça dos pracinhas. Desisto novamente, uma semana tentando tirar os glitter da minha visão e não consigo. Os generais da Ditadura eram muito melhores nisso de tirar da visão o que não queriam. Entre a praça da Cinelandia e o Monumento aos pracinhas havia um enorme edifício em uma arquitetura exuberante datada da virada do século.
O Palácio Monroe era presente inglês, com vitrais e estruturas trazidas direto de além mar. Um belo presente das Europa pro Brasil. A França deu uma estatuazinha pros EUA colocarem na Bahia de Manhatam e logo virou um dos principais cartões postais do país. Já o Palácio Monroe atrapalhava a vista do grandioso movimento aos pracinhas e com a desculpa da passagem do metrô os milícos brasileiros mandaram desmanchar.
O que foi feito com o edifício modular que veio de navio pra ser montado aqui e depois foi desmanchado novamente? Ninguém sabe ninguém viu. O magneto das vigas da perimetral não atuou pela primeira vez na copa. Já é velho conhecido dos milícos brasileiros.
Como o glitter e os meus pentelhos que já vão criando uma convivência pacífica e cordial. Mas durante o boquete não pensei em nada disso só enfiava mais fundo meu pau. Lhe alcançando a garganta enquanto ela não se intimidava querendo mais. Fodi longamente seus lábios superiores enquanto meus dedos brincavam em seus mamilos escutei o barulho primeiro de sua fivela depois do zíper e por fim vim que descia as calças para depois das ancas.
Meus dedos alcançaram seus lábios inferiores e me pus a lhe dedilhar uma melodia de no máximo três acordes pois era o ritmo que a nossa embriaguez permitia. A cada dedilhada sua voz gemida era calada por minha glande em sua boca macia. Uma dada ora lhe peguei pelo moicano e a girei para que ficasse deitada de lado rente a mim. Com os arbustos nos protegendo mas com seus lábios livres gemendo lhe penetrei a bucetinha após botar a camisinha.
No monumento aos pracinhas eu lhe fodi no carnaval, sentia aquela bunda grande e branca rebolar e bater em minha virilha. E também naquelas nádegas havia glitter, muito glitter. Lhe fodia com força imaginando os paus que chupava por aí para ter elogiado o meu. Sempre tive essas curiosidades, saber mais e mais sobre o que se passou e passa com quem fodo. E cortando meus pensamentos veio o seu tremor e gozo. Gosto de assistir, o corpo arquear, o peito arfar, sentir sua falta de ar e sua mão trêmula a minha apertar e depois fraquejar. É meu próprio gozo, muitas vezes melhor que a ejaculação.
Meti mais um pouco agora no meu ritmo para gozar rápido e despejei na camisinha meu prazer. No box lembrando disso também gozei direto no ralo. Dei um nó na camisinha e guardei no bolso da calça cargo, não deixaria ali meu gozo jogado. Deitados semi nus continuamos nosso papo de poesia nos beijamos algumas vezes breves e outras vezes longas.
Começou a amanhecer e nos levantamos trôpegos. Nos despedimos na Cinelândia. Ela ia pra uma ocupação onde estava morando e eu pegaria ali o metrô pro quarto que eu alugava na casa do velho maluco no Leblon. Joguei a camisinha na lixeira da praça e olhei de volta pro monumento dos pracinhas. Nada de primoroso para merecer a remoção do eclético Palácio Monroe.
São cinco horas da manhã e ainda faz calor, só faz barulho o ventilador seu vento é bafo quente que eu finjo que me refresca do suor que escorre do suor do meu rego peludo. Não, moro no Rio de Janeiro, mas não vou à praia o bastante pra ter aderido à moda de me depilar pra usar essas sungas cavadas que pra qualquer mineiro sério seria coisa de veado. Não que eu tenha algum problema em ser. Mas sou um viado que deu errado: faço poesia, gosto de cozinhar, nunca fui bom de bola e ainda me dou a falar palavras empoladas. Me agarrando na máxima de Quintana que dizia que não existem sinônimos perfeitos.
Mas voltando ao meu suado rego que bela cagada fizeram os cariocas e os paulistas elegendo seus últimos prefeitos! Os paulistas estavam bicicleteiros, geração saúde e coisa, e tal. Mas resolveram troca-lo pela naftalina de um pullover rosa sobre os ombros, de um lobista com cara e jeito de quem nunca fez porra nenhuma na vida. Os paulistas decerto que olharam orgulhosos para essa bela cagada que fizeram. Mas os cariocas com sua malemolência não tiveram medo de ousar e riem na cara de qualquer limite! E um santo homem colocaram para gerir a capital do carnaval a cidade maravilha purgatório da beleza e do caos.
Viro de lado, levanto vejo a moça magrela deitada nua na cama e penso se lhe fodo com o tesão de mijo ou se mijo primeiro pruma foda mais demorada. Minha bexiga decide por mim. Vou me já ao banheiro, sigo pelo corredor de estante de livros que separa meu quarto da área do segundo andar da casa. Entro no banheiro, ladrilhos brancos nas laterais e pretos na frente e atrás de mim. Mijo no box, de pau duro ninguém acerta o vaso. balanço de leve. Algumas gotas na cueca, o pau ainda úmido.
Volto pro quarto, a magrela tá lá de bruços convidativa, o creme de cabelo do lado da cama. Certa vez ela estava na rua e do nada disse que sentiu cheiro de sexo anal, depois caiu no riso e disse que não não era que na verdade só era o cheiro do mesmo creme que eu costumava usar para os meus cachos e também para enraba-la.
Sim, usar Ky não tinha a menor graça pra gente nem usar brinquedos convencionais. O cabo de uma chave de fenda, o pincel de rímel, o curvex de cílios, o desentupidor de pia, quanto mais insólito mais divertido era. Quando por telefone eu mandava ela se tocar só valia se fosse usando os dedos mínimos de cada mão e mais nada.
Fiquei ali refletindo sobre aquele bumbum pequenino redondinho e o creme dermatológicamte testado do lado e meu pau começou a dar sinais de vida. Sentei perto dela na altura de seu ventre gentilmente espalhei um pouco de creme em meus dedos e adentrei seu pijama fofo de bichinho com meus dedos . Com carinho perverso fui lhe atiçando o rabinho que em pouco tempo estava ali já a me engolir os dedos e rebolar no ritmo que eu ditava. Agora vinha das partes que mais me divertia depois de atiçar fui afastando meus movimentos forçando seu bumbum a ir atrás de meus dedos ela então despertava assim já sedenta, com o rabinho implorando para ser usado, esfolado.
Tirei a cueca e lhe cobri com meu peso, não houve atrito e seu grito foi seco contido e terminado num gemido.
E como anunciado e prometido. Aquele rabinho avistado foi bem enrabado é bem metido. Concentrei minha glande a pressionar seu esfíncter próximo ao cocxi pois ali a sensibilidade é certa é o orgasmo pelo cu uma possibilidade se bem executado. E mesmo no Rio num calor danado fiz aquela magrela ter um orgasmo danado me dando o rabo. Não tive cerimônia depois disso, fui tranquilo e gozei meu litro em seu rabo, alcancei um plug pequeno perto eu lhe vedei queria que ficasse tudo dentro dela. E depois como boa cadela com seus lábios e língua ela veio me limpar sugando as últimas gotas de meu gozo de minha uretra.
Deitei na cama, de coluna reta com ela deitada no meu peito brincando com meus pelos com as mãos, trançado os pés nos meus enquanto eu brincava de lhe segurar os seus com os meu dedoes dos pés.
Meus olhos divagaram pelos horizontes e se lembraram que belo horizonte perdeu feio a disputa de pior prefeito mesmo tendo eleito um cartola de futebol populista e caricato. Na rixa de Carioca e Paulista o nível de disputa tá além de qualquer compreensão.
Senhor dos Passos, mestre caminheiro
lhe persigo no trilho de seus traços
Suas trilhas são inicio, fim e meio
dos meus desejos, prazeres, percalços
Sua troça, sua fala e até seu não dito
é guia de quem caminha por instinto
Grato ofereço minha voz, meu verbo,
meu verso, com dom de falar na rima
Eu lhe sou longe quando lhe sou perto
sou seu cantante de palavra fina
Não carrego, tambor, flauta ou lira
deixo o certo e o alvo pra sua mira
Senhor dos Passos, mestre caminheiro
que faça se perder quem no meu calço
cisma de pisar com seu devaneio
de injustiça, mentira e pés em falso
Senhor dos Cantos, sua música repito
com minha métrica faço meu grito
Eu lhe sirvo ventos, vozes e vaidades:
essas verdades co'ares de Mentira
e essas mentiras co'ares de Verdade
Pois sei que vira e mexe (ou mexe e vira)
caio na teia ou caio na trilha
na velha sina de minha família
Senhor dos Passos, mestre caminheiro
não me dê o destino me dê o laço
pra domar o cavalo sem rodeio
e ir de galope, trote ou no passo
do que eu posso fazer com meu afinco
com seu grato gosto de vinho tinto
Embriaga quem diz do que não sabe
quem desdenha e desmede sua mira
tonteia e descaminha até que acabe
a bonança de quem a pedra atira
achando que assim no santo se espelha
pois sou seu filho da estrada vermelha
Debaixo da colcha branca
Agarro suas coxas e ancas
Lhe fazendo meu delírio
me deleitando com teu martírio
Sua nadega não se espanta
quando minha mão lhe espanca
Com meu chicote lhe trilho
Marcas de vermelho brilho
Sua pele minha labuta
duma arte sádica e sacra
aos meus deuses pessoais
Não importa o quanto luta
com sua maestria de puta
É mia serva entre mil ais
És minha Sóror Safada:
Princesa do Pecado
És Tara Canonizada;
do desejo e desejado
És minha amante amada
c'o perverso costurado
na sua saia rodada,
no lençol desarrumado
És cabocla santificada
seu hábito desnudado
lhe veste desejada
plo poeta descuidado
És minha doce alucinada
no meu amor delirado
És minha sua tez marcada
no quarto banqueteado
És Santa és abençoada
Flora dum jardim encantado
Pois sou Fauno desta estrada
dentre campo fecundado
das setenta e sete
faces vejo todas
e nenhuma no'espelho
pois não se repete
caminho, toada
ou troça de fedelho
Rei, dama e valete
és sempre cilada
n'ouro do baralho
Trilheiro celeste
senhor das estradas
e de mil conselhos
Pois És Tu cabra da peste
Esú d'alma agraciada
de preto branco e vermelho
Te quero seco no leito
Solo úmido contrafeito
Mão, folhagem e cipó
E meu canino sem dó
É selvagem meu jeito
Teus lábios, regato estreito
Meu soneto teu rondó
Meu cerrado teu igapó
Ariranha banha em ti
sua selva meu palacete
tu igarapé eu sucuri
Na cheia e seca tu ri
e também no repiquete
pois cauxi coça o xiri
Por ser tão cheio de dúvidas, questionamentos, inseguranças e curiosidades ele abusava das interrogações exclamações mas era reticente aos pontos finais.
riso tímido atrevido
sob um louro cacheado
lhe cai seu verde vestido
com um relance rosado
um arco-íris vermelho
vermelho felicidade
seu rosto e riso no espelho
nossas pernas na cidades